domingo, 18 de setembro de 2011

Cronograma das atividades de metodologia científica


Setembro

21. – Primeira Avaliação. Assunto:

- Referência Bibliográfica.
- Trabalhos acadêmicos, descrever o que é e como é feito:

- Resumo indicativo (tópicos)
- Resumo informativo (que é escrever com as próprias palavras a ideia do texto)
- Resumo crítico (agrega um posicionamento),
- Resenha (página 103 do manual),
- Paper (página 104 do manual)
- Artigo

- Entrega da avaliação.

28.

- Roteiro para seminários

Outubro

5. – Roteiro para Seminário (professor acompanhará as equipes e o andamento do trabalho)

12. – Não há aula

19. – Professor apresentará vídeos do semestre passado.

26. – Segunda avaliação (Entrega do paper)

Novembro

Terceira Avaliação. SEMINÁRIO – APRESENTAÇÃO DOS VIDEOS.

Referênicas de filmes e livros:
- 5X FAVELA
- FALCÃO - MENINOS DO TRÁFICO (MV BILL, ATHAÍDE)
- FALÇÃO - MULHERES DO TRÁFICO
- ESTAMIRA

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A sociedade panóptica atual.

 Jeremy Bentham, filósofo e jurista inglês, conhecido pelo o ideal do panóptico, inventou, como um projeto de prisão do século XVIII que proporcionava a vigilância total de todos os presos de um só ponto, o preso não tinham privacidade alguma, pois até as celas seria aberta a visão dos outros presos; após a fixação do modelo ele observou que o mesmo poderia se encaixar nas escolas e no trabalho para que melhore a condução das pessoas.
Michel Foucault, um grande filósofo e professor na França, diz que nessa época começou a se difundir uma porção de dispositivos de vigilância, a exemplo do panóptico.
No filme Código 46 citam algumas idéias interessantes sobre o mesmo assunto, mas infelizmente não são muito exploradas. No universo futurista não muito distante do filme foi criado o controle da natalidade e as pessoas têm permissões de entrada e saída de lugares na sociedade, tudo é controlado por empresas não governamentais que nos remete ao capitalismo que proporciona atos involuntários dos indivíduos, a cultura chega a se impor tanto que a privacidade não é mais uma coisa, a se preocupar, hoje as pessoas compartilham o que comem, o que vestem, onde estão pelo fato de ter mais ligações intimas com as pessoas que no cotidiano não teria, e no filme é claro que todos querem entrar para o sistema que descriminam as pessoas que não estão, as pessoas automaticamente ficam a margem da sociedade.
Quando estamos sozinhos na multidão, temos a necessidade de nos conectar a tudo e a todos, o tempo inteiro. Fugimos do silêncio, da solidão, do desconforto de estar só, a sociedade panóptica atual são todos vendo e ouvindo tudo, mostrando suas mazelas e impulsionando os bilhões de Mega bytes de conteúdo em banco de dados pela rede com informações de todos, seriamos a própria "empresa" que afunilariam a sociedade e descriminariam uns ao outros como no "código 46"? Não; apenas controlamos nossas vidas em banco de dados para que o processo do capital seja garantido em formas de cartões magnéticos, biométricos e tantos outros que temos e vamos ter hoje ninguém é livre se não estiver onde e como ser achado.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Resumo - Sociologia no Brasil

Cristina Costa - Sociologia - Introdução à ciência da Sociedade 

            No Brasil o processo de formação de pensamento sociológico seguiu as linhas do desenvolvimento do capitalismo e a situação colônia, herança da cultura jesuíta. Esta cultura européia de ordem religiosa (jesuíta) estabeleceu o monopólio sobre a educação, pensamento culto e produção artística.
            Os jesuítas promovem a universalização de uma “língua geral”, e introduzem a exploração do trabalho indígena, combinando o ensino religioso, desta forma aniquilando a cultura nativa. De maneira que esta cultura religiosa foi o principal meio de colonização.
            A administração e esta cultura subordinavam a colônia ao interesse de Portugal e da igreja, surgindo como efeito desta subordinação a aniquilação desta cultura indígena, submetendo a distinção das camadas cultas, entre o saber e o trabalho braçal. Durante muitos séculos esta distinção na cultura do Brasil, no caráter ilustrado de distinção social e dominação.
            A cultura e as classes intermediariam no século XVIII, surge a mineração trazendo consigo transformando nas classes sociais. Em minas gerais houve a maior concentração da urbanização apoiado ao comercio de exportação, desta maneira alterando a sociedade colônia. Assim surge novas ocupações como: comerciantes, artífices, criadores de animais, funcionário da administração entre outros.
            O período da mineração apresenta como característica o crescimento da chamada população livre, que por sua vez era mais numerosa que a escrava. Esta população é a maior consumidora da erudição da cultura européia.
            Em 1750 o seminário Mariana, em minas gerais, é fundado formando letrados entre: padres, funcionários civis, militares e comerciantes. Já de maneira que o saber erudito predominava.
A cultura da corte  e o século XIX
            Em 1808 transferiu ao Brasil a corte Joanina, introduzindo na colônia  a cultura Portuguesa, criando a Academia de Belas-Artes, imprensa, é lançado o primeiro jornal, organiza-se a primeira biblioteca e cursos superiores, rompendo em partes os laços com a cultura Escolástica e literatura existente. Esta cultura descreve a colônia por meio de estudos que recebem o nome genérico de historia natural. Apesar da praticidade, continuava como uma cultura alienada, o diploma competia em importância com o titulo de propriedade da terra.
Uma cultura de cunho filosófica e humanitária, exercida principalmente por jornalistas, professores, proprietários de terras entre outros. O distanciamento da classe culta redundava sempre numa contradição: A atividade intelectual critica, de inspiração liberal, dependia ainda da sociedade colonial e escravocrata.
Após 1870, devido a pressão ocorrida na Europa, mudanças irrompem na sociedade brasileira, o crescimento populacional, a produção cafeeira, a implantação das primeiras ferrovias; estes ciclos econômicos decadentes provocam a imergência do pensamento critico. Agregando a isso em 1874 surge um lento desenvolvimento cientifico.
O advento da burguesia
            O desenvolvimento das atividades comerciais e a expansão capitalista, aliada a formação da burguesia revolucionam o modo de pensar. Esta classe social necessita de um saber pragmático, capaz de transformar a antiga colônia em uma nação capitalista. Tem-se ai a necessidade de romper com a herança cultural, combatendo a analfabetismo, homogeneizando, os valores dos discursos, criando um patriotismo para a real reestruturação social. A primeira Guerra Mundial e a crise trazem um forte crescimento no poder econômico e político.
A geração dos 30
            A sociologia como conhecimento sistemático surge no Brasil na década de 30, devido ao interesses pela descoberta do Brasil verdadeiro, em oposição ao Brasil colonizado. Também o desenvolvimento do nacionalismo, como sentimento de unir diversas camadas sociais. Atribuído a isso em 1932 e fundado a Escola livre de Sociologia e Política, da Faculdade de filosofia, Ciências e Letras de São Paulo.  Surgem nesta geração denominada geração de 30 os seguintes intelectuais: Caio Prado Junior que iniciou seus estudos a partir de uma historio grama de caráter social. Sergio Buarque de Hollanda iniciou sua produção intelectual voltado para à critica literária e critica cultural. Fernando Azevedo representava a intelectualidade e ao mesmo tempo era aristocrata e humanista. Gilberto Freire foi em Pernambuco o representante do pensamento desta época. O desenvolvimento da sociologia ocorre juntamente com a industrialização e a centralização do poder pelo Estado Novo.
O integralismo e a intelectualidade de direita
            O movimento intelectual da década de 30 não trouxe apenas pensadores de influencia marxista ou liberal, mas também os de direitas, ideólogos do integralismo. Outro movimento cultural conservador foi encabeçado pela igreja católica, o chamado Renascimento católico, que apresentou como seu porta voz Alceu amoroso Lima e Jackson de Figueiredo.
A década de 40
            A segunda Guerra Mundial foi à responsável pela emergência e consagração americana e a então URSS como potencia mundiais, ao fim da Guerra selam acordo dividindo áreas de influencia soviéticas e norte-americanas, dividindo o mundo em dois blocos político-econômicos rivais e inconciliáveis. O pensamento sociológico pós-Estado novo reflete as questões das novas e antigas nações.
A industrialização transforma radicalmente as relações sociais. O trabalho agrícola perdia sua importância em relação ao industrial.
Na década de 40, os países  adquiriam consciência de sua complexidade e de sua particularidade. Surgiram também nesta década os chamados “cronistas viajantes”, assim eram chamados os intelectuais que começavam a se interessar pela realidade brasileira.
Década de 50
            Florestan Fernandes e Celso Furtado são considerados os mais importantes pensadores desta época. Fernandes foi discípulo de Fernando de Azevedo e Roger Bastide, e unia a teoria a pratica. Já Celso Furtado foi o grande inovador do pensamento econômico, não só do Brasil como em todo a America latina.
Ate Celso Furtado o pensamento econômico do Brasil valia-se apenas de esquemas interpretativos abstratos e aristóricos. Furtado dirigiu a elaboração do Plano Trienal De Desenvolvimento Econômico e social em 1962.
O Golpe de 64
            Entre os anos 40 e 60 , a sociologia produziu inúmeros trabalhos denunciando as desigualdades sociais e as relações de domínio e opressão interna e externas. Assim o mais diverso estudo buscava a conscientização da população e a luta pelo desenvolvimento democrático. 1964 o golpe militar implantou a nova ditadura no Brasil trazendo o capitalismo como ideologia, e o apoio ao capitalismo norte-americano.
As ciências sociais pós-64
            Em meados dos anos 80 surgem antigas alianças, fundando novos partidos políticos, muitos cientistas sociais decidem deixar a cátedra para enguiçarem nestes partidos, o PT foi o mais beneficiado com essa agregação. Floretan Fernandes, Antonio Candido e Mello e Souza e Frascisco Weffort foram alguns dos nomes mais influentes a ingressarem nesta luta política. Fernando Henrique Cardoso também e um dos sociólogos importantes desta época a fundarem um partido, o de Cardoso e o PSDB.
Enquanto outras áreas das ciências humanas adquirem grandes prestigio, como a economia, com a elaboração de modelos integrados de analise da sociedade e formas de intervenção.
“A sociologia, torna-se no Brasil, cada vez mais Interdisciplinar e plural”

Gilson Camargo

Resumo - Weber

Cristina Costa - Sociologia - Introdução à ciência da Sociedade 

A obra de Weber é baseada no entendimento dos fenômenos históricos e sociais e, ao mesmo tempo, na reflexão sobre a metodologia das ciências histórico-sociais.
Sociólogo, economista e político, Weber trabalha os problemas metodológicos com  conhecimento das dificuldades que surgem do trabalho do historiador e do sociólogo, e, sobretudo com a competência destes estudiosos. Weber reivindica contra a “escola histórica” da economia, e a autonomia da ciência, que não poderia se submeter a entidades, como o "espírito do povo".
Para Weber, o "espírito do povo" é um conceito de muitas variáveis de cultura e não de uma origem real de todos os fenômenos culturais de um povo. Entretanto, Weber caracterizava-se pela crítica ao materialismo histórico, onde predominavam as relações entre as formas de produção e de trabalho (a "estrutura") e a outros tipos de manifestações cultural da sociedade (como a “superestrutura"), o que na verdade era uma relação que deveria ser esclarecida de tempos em tempos.
Ação social
O ponto de partida de Weber é a Ação social, o estudo da conduta do ser humano baseado no sentido. É isto que dá sentido a ação social, cria uma conexão entre o motivo e a ação.
Para Weberm não há oposição entre indivíduos em uma sociedade, as regras da sociedade só se tornam sólidas quando impactam em cada indivíduo na forma de motivação. Cada membro social move se por um motivo trazido por uma tradição, interesses racionais ou pela emoção. O motivo representado na ação social permite desvendar seu sentido, portanto cada indivíduo é levado a agir conforme a ação de outros.
A tarefa do cientista.
Weber dizia, que o cientista, como todo indivíduo em ação age guiado por seus motivos, sua cultura e tradição. De qualquer forma, a perspectiva adotada pelo cientista sempre se resulta em uma definição pela metade da realidade. Um mesmo fato, pode ter variáveis políticas, econômicas e até religiosas, quando nenhuma destas pode ser considerada superior, pois fazem parte de um conjunto de aspectos que tornam o fato,  sólido e cientificamente apropriado de uma explicação.
O tipo Ideal
Para explicar os fatos sociais, Weber propôs um método de análise chamado tipo ideal. Por exemplo, na obra As causas sociais do declínio da cultura antiga ele contextualiza o patrício romano do império. Tratando se da composição de uma teoria abstrata, partindo de casos particulares analisados.
Este tipo ideal não é um método perfeito, para ser utilizado para busca de informações sociais históricas. É na verdade, uma forma de análise científica, em uma construção de idéias que permite conceituar fenômenos e identificar as manifestações na realidade e ainda compará-las.
A ética protestante e o espírito do capitalismo
Uma das obras mais importantes de Weber, é A ética protestante e o espírito do capitalismo, onde ele assimila o papel do protestantismo na formação do comportamento capitalista na modernidade.
Alguns dos principais aspectos da análise são, as relações entre a religião e a sociedade, que consiste por meios institucionais, mas por mediação de valores introduzidos nos próprios indivíduos e convertidos em motivos da ação social.
O motivo é esta no consciente dos indivíduos mobilizados, no entanto, as reações das atitudes individuais ultrapassam os objetivos iniciais. O que busca se sair bem profissionalmente, para mostrar seus próprios dons e rejeitando os prazeres materiais.
Cabe ao cientista, segundo Weber, criar conexões entre a motivação dos indivíduos e as reações de sua ação na sociedade. Agindo desta forma, Weber mostra que os últimos valores do catolicismo e protestantismo, desvendam a convergência ao racionalismo econômico que dominará no capitalismo.
Análise histórica e método compreensivo
Weber contribuiu muito para o desenvolvimento da sociologia. No meio de uma já existente filosofia peculiar da Alemanha. O sociólogo alemão não se influenciou pelas tendências da época, como França e Inglaterra.
Sua referência tornou se obrigatória quando fala se de sociologia no mundo. E outros sociólogos utilizaram os conceitos de Weber, como Sombart, um estudioso do capitalismo ocidental. Além disto, Weber desenvolveu estudos sobre a história econômica para buscar leis de desenvolvimento das sociedades.

Carlos Rocha

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Resumo - Karl Marx

Cristina Costa - Sociologia - Introdução à ciência da Sociedade


A teoria marxista é uma crítica da sociedade capitalista, mas é uma crítica que não se limita a teoria, Marx, aliás, se posiciona contra a separação entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais que, no plano concreto, real, integram uma mesma categoria. Marx produziu obras de filosofia, economia e sociologia, seus trabalhos se refletiram em todo o mundo com os movimentos operários; ele desenvolveu vários conceitos importantes, como alienação, classes sociais, valor, mercadoria, trabalho, mais-valia e modo de produção, algumas de suas indagações a seguir:

Alienação
Marx apresentou que a sociedade representa apenas a sociedade dominante que por sua vez age sobre seu próprio interesse, um exemplo é o estado que representa toda a sociedade como um órgão imparcial, mas dirigida de indivíduos da mesma.

Classes sociais
As classes sociais são representadas por quem têm e quem não têm, nasceram do conceito de propriedade privada,  conceito que se tem em todos os tempos e em todos os níveis sociais.

Capitalismo
O capitalismo vem da exploração do homem através da alienação e expropriação dos meios de produção que gera um rendimento maior para uma instituição que paga por seu trabalho.  

Salário
A força de trabalho se torna uma mercadoria entre o capitalista e operariado, o salário deve garantir a subsistência do trabalhador e da sua família e só.

Mais-valia
A mais-valia seria o valor a mais em cima do custo de produção que o empresário coloca nas suas mercadorias, essa diferença entre o trabalho do empregado e o que ele recebe é chamado mais-valia.

Resumo - Durkheim

Cristina Costa - Sociologia - Introdução à ciência da Sociedade

Fato Social

Tinha como objetivo definir com rigor a sociologia como ciência, estabelecendo limites e rompendo a idéia de 'achismo' do senso comum.
Durkheim define claramente os fatos sociais como objetivo da sociologia. Fato Social: Coerção Social (a força que os fatos exercem sobre o indivíduo).
A força Coercitiva se evidencia pelas 'sanções legais' e 'espontâneas', as legais caracterizam-se por serem denominadas pela sociedade, como por exemplo, as leis, quando desrespeitadas uma punição deverá ser cumprida; as espontâneas por sua vez é a repreensão da própria sociedade quando fazemos algo inapropriado, diferente dos padrões em que vivemos. Dividindo fato social em três características, segundo Durkheim, a educação após um tempo passa a se tornar um hábito que é introduzido em nossas vidas espontaneamente, como o riso em uma peça teatral, esse riso é uma forma de sanção social, de reprovação, de algo que não faríamos em nossas vidas para não nos tornarmos motivo de risada. A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam sobre os indivíduos, independente de vontade própria, é um meio em que cada um nasceu e não tem como mudar, são 'exteriores aos indivíduos'. Não temos opção de escolher ou opinar na cultura em que nascemos e vivemos.
A terceira característica é a 'generalidade', quando a maioria dos indivíduos ou boa parte deles repete as mesmas coisas por um determinado tempo, como formas de habitação, sistemas de comunicação, etc.
Para Durkheim, o sociólogo ao estudar a realidade dos fatos, deve deixar de lado seus valores, sentimentos, interesses particulares e tudo aquilo que nos mobiliza para não confundirmos o conhecimento verdadeiro, o que vemos e o que queremos ver.
Considerado como fato social segundo Durkheim, o suicídio está presente em todas as civilizações e é assim definido devido às taxas constantes em qualquer sociedade. A cultura de diferentes sociedades influencia totalmente uma pessoa a cometer suicídio, o que mostra ser de fato um fato social.
Durkheim demonstra que os fatos sociais têm existência própria, de modo que mesmo cada um tendo sua consciência individual, dentro de cada civilização existem formas padronizadas de conduta de pensamento, 'consciência coletiva'.

Nathalia Zacheu